Cirurgia Bariátrica: TIVE COMPLICAÇÕES, SEGUNDA CIRURGIA

É, coleguinhas, o pior já passou, mas os dias não foram fáceis!

Depois de alguns dias após a cirurgia de redução de estômago comecei a sentir algumas dores na barriga, onde geralmente falamos ser o "pé" da dita cuja. Fui ao médico, ele tirou o dreno e colocou uma sonda... lavou tudo lá dentro antes disso e saí de lá ainda com dores, porém, confiante de que aquilo iria dar certo. 

Infelizmente a dor foi piorando e na noite do dia 13/08 voltei ao hospital e internei de novo. 

Até o dia 17/08 fiz exames e mais exames pra saber o que estava acontecendo, até que neste mesmo dia, uma ultrassonografia endo-vaginal, mostrou o que realmente tinha acontecido: havia uma coleção de líquidos mais na parte direita da barriga ( lado que mais doía mesmo) , logo embaixo mesmo.

O Dr. Samir chegou ao hospital mais tarde ( cerca de umas 19:00), comentou que precisavam ver o que havia acontecido comigo e precisavam fazer outra intervenção cirúrgica. O primeiro procedimento seria por vídeo, pra tentar consertar sem abrir novamente e, caso não fosse necessário, iriam reoperar novamente.

Confesso que eu fiquei muito apreensiva, com medo de ser uma baita fístula com derramamento de líquido na barriga e risco de septicemia - infecção grave. Liguei pra minha família e logo eles estavam por lá. Comecei a chorar muito - o medo era ENORME - saí de maca do quarto e me levaram pra segunda cirurgia.

No hospital sempre tinha música ambiente tocando. 

Quando eu tava indo pro Centro Cirúrgico, passava "You Gotta Be" ao fundo, música da Dess'ree - que você pode ouvir e ver o clipe aqui - caramba...de certa forma, me acalmei e pensei: FORÇA... DEVO SER FORTE ( como fala o som). 

Me colocaram na sala, os médicos se apresentaram... vi a Raquel - enfermeira - e o Dr Samir logo veio. Minutos depois, a anestesia fez efeito.

NA UTI

Acordei com uma dor terrível no peito (não sei exatamente a hora, mas provavelmente era de madrugada), sentia a bexiga cheia e pedi pra ir ao banheiro. Me avisaram que eu estava usando uma sonda e que poderia fazer o nr. 1 sem problemas. Foi difícil, ardia, mas consegui. O lance foi respirar fundo e ir aos poucos; mas ok, eu poderia conviver com aquilo. Aliás, eu queria VIVER acima de tudo.

Ficar na UTI não é nada fácil. Estou lendo na net relatos de pessoas que ficaram mais de um mês por lá. Nos quase dois dias que passei naquele lugar, a vontade era de sair do hospital ou pro quarto o mais rápido possível. 

Fui orientada pelo meu médico que na segunda operação, era necessário ficar mais tempo em observação do que na primeira. Não comia nada, a dieta era zero e o que mais incomodava nem era isso, mas a boca seca, que fez com que meus lábios descamassem, a pele soltava e não demorou muito até que minasse sangue. Ficava deitada, com frio (apesar da manta que colocaram em mim). Um misto de acordada e dormindo. Não sabia quando estava consciente ou não. 

Recebi a visita da minha avó e de uma amiga... como eu queria sair dali com elas, a angústia era enorme! Eu podia perceber nos olhos da minha "velhinha" a aflição; confesso que estava preocupada com a minha situação, de a coisa ter sido mais grave do que eu imaginava. Acredito que era tudo fruto da minha imaginação, era medo!

Passei a noite na UTI e, no outro dia ,meu médico veio e deu alta pra ir pro quarto. Ele me tranquilizou sobre muitas coisas e me explicou o que realmente tinha acontecido: tive uma suboclusão intestinal, uma inflamação. 

Somente foi possível ver o que tinha acontecido depois que ele percebeu que não tinha como resolver o problema por vídeo e optou por me abrir novamente. De acordo com o Dr. o intestino inchou e reteve parte do liquido que eu tomava. Ele explicou que o procedimento foi tranquilo, que tinha limpado tudo lá dentro e tinha colocado uma sonda vesical (ver foto) , que era uma mangueira que saia e dava em um saco que iria colher o material de lá a fim de reduzir o edema e voltar ao normal. 

Entendi o que tinha acontecido e a gravidade de tudo. Ao contrário do que a gente pensa, tem coisas que não tem como explicar, meu organismo reagiu dessa forma, não foi nenhum tipo de erro médico ou mal comportamento por minha parte... simplesmente a coisa se fez.

Me deram um banho ( aqueles de leito) e fui liberada pro quarto. 

Que alivio finalmente sair daquele lugar!! 

Logo o condutor - pessoa que nos leva pra todos os lugares do hospital - estava do lado do meu leito. Me mudaram pra maca e eu sai pra mais uma etapa na minha vida: o quarto - lugar que ficaria por um tempinho e que conheceria uma pessoa que me ensinou demais!

Vejam a foto de como ficou a aparência da segunda cirurgia. Os pontos, a mangueirinha - sonda vesical - e o dreno.


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