Pós bariátrica: ME ARREPENDI

Quando passei pela primeira intervenção, o "despertar" foi mais leve que o primeiro. Acho que se não tivesse tido intercorrência, esse sentimento de "o que foi que eu fiz" não teria passado pela minha cabeça. Os dias na UTI também contribuiram pra isso, precisava fazer uma força descomunal pra manter a mente no foco de recuperação.

Os primeiros dias após a segunda cirurgia foram mais estranhos, já que os medicamentos estavam sendo administrados o tempo todo, substâncias que me causavam sonolência e sensação constante de torpor. Dormia, acordava, ficava grog e não lembro direito das conversas que tive com meus visitantes, amigos e cuidadores, aliás, aqui quero fazer um agradecimento especial aos queridos que me dedicaram tempo.

Lembro de chorar pra eles, ainda nessa forma meio "out", e ouvir palavras de encorajamento e receber muito apoio. Eles foram decisivos para a melhora.

Gradativamente fui conseguindo recobrar a consciência, as dosagens ficaram cada vez menores e, finalmente, já conseguia pensar com mais clareza. O desafio agora seria realmente auxiliar meu corpo a se curar pra sair logo dali.

Tinha uma infecção persistente e lembro que até encontrar o antibiótico ideal pra recuperação (todos os dias tinha exame de sangue pra saber se tinha algum sinal), foram dias que pareciam não ter mais fim. As visitas eram constantes, mas restritas somente aos que estavam de perto acompanhando tudo.

Minha amiga Cris também me ajudava, acho que ambas fazíamos isso pela outra.

Me arrependi, mas logo mudei a chave do pensamento e foquei no verdadeiro sentido de ter operado: ter vida, saúde.

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